Contratar um funcionário para sua empresa é uma decisão estratégica que vai além do salário oferecido. O custo de um colaborador inclui diversos encargos, benefícios e outros fatores que impactam diretamente o orçamento empresarial. Saber quanto custa realmente contratar alguém é essencial para uma gestão financeira eficiente e para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
Neste artigo, detalharemos os custos envolvidos na contratação de um funcionário no Brasil e algumas dicas para otimizar esse processo, mantendo a saúde financeira do seu negócio.
1. Custos Diretos: O Salário
O salário bruto é a base da remuneração de qualquer funcionário. Ele é definido no contrato de trabalho e deve estar alinhado ao piso salarial da categoria, que varia conforme o setor e as convenções coletivas.
- Exemplo: Se o salário bruto de um colaborador for R$ 2.000, ele será a referência para calcular os encargos adicionais.
2. Encargos Trabalhistas e Previdenciários
No Brasil, os encargos sobre a folha de pagamento são elevados e devem ser considerados no planejamento.
2.1. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
A contribuição patronal ao INSS é de 20% sobre o salário bruto.
- Exemplo: Para um salário de R$ 2.000, o custo é de R$ 400.
2.2. FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
O empregador deve depositar 8% do salário bruto no FGTS.
- Exemplo: Para um salário de R$ 2.000, o depósito é de R$ 160.
2.3. Seguro de Acidente de Trabalho (SAT)
A alíquota varia de 1% a 3% do salário bruto, dependendo do grau de risco da atividade.
- Exemplo: Para uma alíquota de 2%, o custo é de R$ 40 sobre um salário de R$ 2.000.
2.4. Outras Contribuições
Empresas que fazem parte do sistema Simples Nacional têm encargos reduzidos, enquanto empresas no Lucro Presumido ou Lucro Real podem ter adicionais como:
- Sistema S: 0,2% a 5,8%, dependendo do setor.
- Salário-Educação: 2,5% (aplicável a algumas empresas).