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O Poder Transformador dos Hábitos: Reflexões Inspiradas por Mario Sergio Cortella

Apresto, São Paulo

Atualizado em: 1 de janeiro de 2025

Os hábitos moldam nossas vidas de maneiras profundas, muitas vezes sem que percebamos. Mario Sergio Cortella, filósofo e educador, aborda com maestria a importância dos hábitos no contexto da disciplina, da organização e da busca por excelência em tarefas cotidianas. A metáfora de lavar louça, frequentemente usada por Cortella, ilustra como pequenos gestos podem ter implicações significativas na nossa forma de viver e de nos relacionarmos com o mundo.

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Disciplina como Organização da Liberdade

Cortella destaca que “a disciplina é a organização da liberdade”. Essa frase ressoa fortemente em um mundo onde a busca por prazer imediato muitas vezes nos afasta de metas maiores. Ele nos lembra que a liberdade não significa ausência de responsabilidades, mas sim a capacidade de organizar a vida de forma a permitir mais tempo e energia para o que realmente importa.

Tomemos como exemplo o ato simples de lavar louça. Embora aparentemente trivial e até desagradável, essa tarefa representa algo maior: um compromisso com a ordem, a limpeza e a recusa de se acostumar com o caos. Para Cortella, permitir que a bagunça se acumule é análogo a permitir que aspectos mais sérios da vida, como ética e conduta, se deteriorem.

A Mediocridade e a Acomodação

Outro ponto marcante levantado por Cortella é o perigo da mediocridade. Ele observa que nos habituamos a situações subótimas, como rios poluídos ou condutas políticas questionáveis, porque nos tornamos complacentes. A mediocridade, para ele, é uma armadilha que captura lentamente nossa capacidade de exigir mais de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.

Cortella utiliza a analogia dos rios poluídos de São Paulo para ilustrar como nos adaptamos ao que é insatisfatório. Esse hábito de aceitar o inaceitável, segundo ele, pode nos levar a uma espécie de anestesia moral e intelectual, onde deixamos de buscar melhorias porque nos acomodamos ao que já existe.

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Fazer o Que Não Gostamos para Alcançar o Que Amamos

Uma lição poderosa apresentada por Cortella é que, para fazermos o que gostamos, muitas vezes precisamos enfrentar atividades que não nos agradam. Ele menciona, por exemplo, que adora dar aulas, mas não gosta de corrigir provas. No entanto, ele reconhece que essa tarefa é essencial para avaliar se está ensinando de maneira eficaz.

Esse princípio se aplica a muitas áreas da vida. O sucesso raramente é alcançado sem esforço ou sacrifício. Tarefas tediosas, quando realizadas com cuidado e intenção, contribuem para algo maior, seja na carreira, nos relacionamentos ou no desenvolvimento pessoal.

Excelência nos Pequenos Gestos

Uma das passagens mais emblemáticas de Cortella é sua abordagem sobre como lavar louça pode ser uma oportunidade para praticar excelência. Ele fala sobre transformar o ato de limpar pratos em algo quase meditativo, buscando fazer o melhor possível naquele momento. Essa busca por excelência, mesmo em tarefas aparentemente insignificantes, reflete uma atitude que pode ser aplicada a qualquer aspecto da vida.

Ao terminar de lavar a louça, Cortella descreve o prazer de admirar o trabalho bem feito, um sentimento que muitos podem reconhecer. Esse pequeno momento de satisfação é um lembrete de que a excelência não precisa ser grandiosa; ela pode ser encontrada em atos cotidianos, desde que feitos com dedicação e cuidado.

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Os Hábitos e o Futuro

Os hábitos, bons ou ruins, moldam quem somos e determinam nosso futuro. Cortella nos desafia a refletir sobre o que estamos permitindo que se torne “normal” em nossas vidas. Estamos nos acomodando ao caos ou estamos tomando medidas para criar ordem e significado, mesmo em pequenas ações?

Ao olhar para o futuro, a mensagem de Cortella é clara: a disciplina, a recusa da mediocridade e a busca pela excelência são fundamentais para uma vida plena. Se aplicarmos esses princípios, mesmo em algo tão simples quanto lavar louça, estaremos construindo as bases para uma existência mais significativa e satisfatória.

A reflexão de Mario Sergio Cortella sobre os hábitos vai muito além das tarefas domésticas. Ela nos convida a examinar como enfrentamos as responsabilidades diárias e como esses pequenos gestos refletem nossa abordagem em relação à vida. Através da disciplina, da atenção aos detalhes e da recusa em aceitar a mediocridade, podemos transformar não apenas nossas próprias vidas, mas também o mundo ao nosso redor. Afinal, como ele nos lembra, “nenhum incêndio começa grande”. A grandeza está em como reagimos às fagulhas.

Todo o conteúdo do site é idealizado, produzido e constantemente atualizado por VP Lima, um economista com pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Com ampla formação em gestão e empreendedorismo, e atualmente estudante de Engenharia, VP Lima aplica sua expertise para enriquecer cada publicação. As imagens dos posts são geradas por inteligência artificial, garantindo visual único e inovador.

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