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DESENVOLVENDO A COMUNICAÇÃO ASSERTIVA NO AMBIENTE DE TRABALHO: UM GUIA PARA FORTALECER RELACIONAMENTOS E IMPULSIONAR RESULTADOS

Apresto, São Paulo

Atualizado em: 22 de fevereiro de 2025

Você já sentiu dificuldades para se expressar em reuniões, falar sobre problemas com colegas ou defender suas ideias sem parecer rude? Pois essa sensação é bem mais comum do que se imagina. Em muitos ambientes profissionais, as pessoas evitam dar opiniões por medo de criar conflitos, ou falam de forma tão dura que acabam gerando tensão e prejudicando a relação com a equipe. É nesse ponto que entra um conceito essencial para quem quer melhorar a interação no trabalho: a comunicação assertiva.

O que significa isso? É a capacidade de dizer o que precisa ser dito de maneira clara, direta e respeitosa. É quando a pessoa consegue se posicionar com segurança, sem sentir culpa nem causar desconforto desnecessário nos outros. Pode parecer algo simples, mas a verdade é que muitas relações profissionais acabam desgastadas por falta desse equilíbrio. O objetivo aqui é mostrar como a comunicação assertiva pode transformar um ambiente de trabalho, tornando o dia a dia mais eficiente e harmônico.

Nas próximas páginas, você vai descobrir técnicas, exemplos práticos e motivos que fazem dessa habilidade um dos pilares para o sucesso de qualquer equipe. Seja para apresentar um projeto a um diretor, resolver um mal-entendido com um colega ou até conduzir conversas delicadas, a comunicação assertiva age como um guia que fortalece a confiança de quem fala e gera empatia em quem escuta. Além disso, vamos mergulhar em como lidar com situações conflituosas, compreender por que muitas pessoas ainda têm receio de se expressar e quais são as vantagens de abraçar esse estilo de comunicação.

Prepare-se para ampliar sua visão e entender como uma fala bem estruturada e segura pode alavancar resultados, evitar ruídos e aproximar as pessoas de um objetivo comum. Se você já se perguntou por que alguns profissionais conseguem expor ideias complexas sem parecer arrogantes, enquanto outros sentem que não são ouvidos, este conteúdo vai explicar o que faz essa diferença e, o melhor, como incorporar essas técnicas no seu dia a dia.


1. O QUE É COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E POR QUE ELA IMPORTA

1.1 Definindo o Conceito em Palavras Simples

Comunicar-se de forma assertiva significa expressar o que se pensa ou sente de maneira educada e objetiva, sem agredir ninguém nem se anular. É falar exatamente o que precisa ser dito, escolhendo palavras adequadas e considerando a reação de quem ouve. A essência disso está em equilibrar franqueza e respeito. Não é falar tudo que vem à cabeça sem filtros, nem ficar em silêncio para evitar conflitos — é encontrar o meio-termo onde a verdade aparece sem machucar.

Para exemplificar: imagina que você precisa conversar com um colega que constantemente atrasa na hora de entregar relatórios, prejudicando seu trabalho. Se você age de forma agressiva, pode parecer que está atacando a pessoa ou duvidando da capacidade dela. Se age de forma passiva, talvez evite conversar, deixando que o problema piore. Na comunicação assertiva, você chama esse colega para uma conversa e diz algo como: “Tenho percebido que os relatórios estão chegando depois do prazo combinado. Isso tem dificultado meus prazos também. Gostaria de saber se existe algo que possamos ajustar para que fique bom para ambos.” Note que clareza, respeito e abertura para ouvir o outro.

1.2 Como Isso Muda o Jogo no Trabalho

Quando uma equipe adota a comunicação assertiva, os benefícios se espalham rapidamente. Problemas que ficariam em silêncio são resolvidos antes de virarem bolas de neve. As pessoas aprendem a confiar umas nas outras, pois sabem que não haverá “indiretas” ou comentários maldosos pelos corredores. Em vez disso, todos passam a falar claramente o que pensam, encontrando soluções de forma mais rápida. Isso reflete no clima do escritório, na produtividade e no crescimento de cada profissional.

Pense no tempo que se perde em mal-entendidos: e-mails escritos de forma confusa, ordens não muito claras, reuniões em que ninguém sabe direito o que foi decidido. A comunicação assertiva simplifica esse cenário, deixando a rotina mais leve e funcional. Para quem busca destaque na carreira, desenvolver essa habilidade é como destravar um nível a mais de confiança, pois quem domina esse estilo de expressão acaba ganhando credibilidade natural.

1.3 O Papel da Autoconfiança

É importante lembrar que ninguém nasce sabendo se comunicar assertivamente. É uma prática que se fortalece com o tempo e, principalmente, com o amadurecimento pessoal. Para ser assertivo, a pessoa precisa de uma dose saudável de autoconfiança. É preciso acreditar no valor do que se tem a dizer e, ao mesmo tempo, reconhecer que o outro também tem o direito de se expressar. Essa base de respeito mútuo pavimenta o caminho para conversas honestas e construtivas.

Quem demonstra segurança no que fala, sem impor medo ou menosprezar o outro, geralmente é visto como alguém equilibrado, capaz de liderar e de transmitir ideias com clareza. Por isso, desenvolver comunicação assertiva no trabalho não se limita ao aspecto técnico de escolher as melhores palavras, mas envolve também trabalhar a própria mentalidade para não se deixar levar pela ansiedade ou pela raiva em momentos tensos.


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2. BENEFÍCIOS DE DESENVOLVER COMUNICAÇÃO ASSERTIVA NO TRABALHO

2.1 Redução de Conflitos Desnecessários

Um dos primeiros efeitos de falar de forma assertiva é a queda acentuada de discussões vazias e “ruídos” que poderiam ser evitados. Isso acontece porque, ao abordar um problema, a pessoa coloca os fatos sobre a mesa, sem rodeios ou acusações, deixando claro o que sente e o que deseja. Por outro lado, também demonstra que quer ouvir a perspectiva do outro, evitando aquele clima de “eu estou certo, você está errado”. Assim, muitos conflitos nem chegam a nascer.

Por exemplo, se você percebe que um colega costuma interrompê-lo nas reuniões, em vez de ficar em silêncio, cultivando ressentimento, decide falar: “Eu notei que, várias vezes, quando começo a explicar algo, você me interrompe. Isso me deixa com a sensação de que não consigo concluir meu raciocínio. Como podemos ajustar isso para trabalharmos melhor juntos?” Com esse tom, o problema é exposto de modo claro e respeitoso, abrindo espaço para que a outra pessoa se conscientize e corrija o hábito.

2.2 Melhora na Produtividade e no Clima

Ao desenvolver comunicação assertiva no trabalho, a equipe percebe que tem um canal aberto para sugestões e reclamações construtivas. Quem quer dar uma ideia inovadora não sente mais medo de ser julgado, e quem vê algo dando errado se sente seguro para alertar a tempo, sem ser visto como chato ou pessimista. Isso cria um ambiente de tranquilidade, em que cada indivíduo confia que a fala será levada a sério.

Já reparou como reuniões muito longas e pouco objetivas drenam energia de todo mundo? Com a comunicação assertiva, cada um sabe quando e como se expressar, evitando discursos repetitivos ou pouco claros. O resultado são encontros mais diretos, tarefas mais bem distribuídas e menos tempo perdido com interpretações equivocadas. Logo, a produtividade cresce de forma natural, e o clima de trabalho se torna mais agradável.

2.3 Fortalecimento de Relações e Confiança

Nada aproxima mais as pessoas do que a sinceridade acompanhada de respeito. Quando um colega percebe que você é capaz de dar um feedback construtivo sem humilhá-lo, ou que você fala a verdade mesmo que ela seja desconfortável, mas sempre de forma cuidadosa, ele passa a respeitá-lo e a enxergá-lo como alguém confiável. Da mesma forma, se você sente que o outro age assertivamente, também o enxerga como alguém maduro e digno de credibilidade.

Esse fortalecimento de laços funciona como uma engrenagem: equipes unidas e confiantes entre si podem enfrentar grandes desafios e mudanças com mais tranquilidade. Cada um sabe que, se houver algum problema, será tratado de maneira profissional, sem agressões ou fofocas. Assim, a comunicação assertiva espalha um efeito de transparência, fazendo do local de trabalho um ambiente onde as pessoas podem crescer juntas, sem precisar pisar em ovos ou usar máscaras.


3. PRINCIPAIS BARREIRAS E DESAFIOS

3.1 Medo de Soar “Duros” ou Ofensivos

Um dos maiores obstáculos para quem tenta ser mais direto ao falar é o receio de parecer grosseiro. Muitos ficam em silêncio porque não querem que os outros os vejam como insensíveis ou autoritários. Nessa hora, é vital lembrar que ser assertivo não é ser agressivo. Na verdade, é o contrário: na agressividade, a pessoa fala como se a opinião dela fosse a única certa; na assertividade, a pessoa coloca seu ponto de vista e se mantém aberta a escutar.

Para superar esse medo, ajuda muito buscar exemplos de frases em que a crítica ou o pedido são acompanhados por expressões de respeito e compreensão. Algo como: “Entendo seu ponto, mas vejo de outra maneira. Posso explicar como penso?” Ou: “Gostaria de comentar algo que me incomodou, mas primeiro quero ouvir como você vê a situação.” Esse tipo de formulação ameniza a tensão, deixando claro que não se trata de um ataque pessoal.

3.2 Cultural e Estilo de Liderança

Em algumas empresas, há uma cultura mais hierarquizada, na qual as pessoas não têm o costume de questionar decisões ou dar opiniões francas. Pode haver líderes que interpretam qualquer sugestão como desafio à autoridade. Nesse cenário, desenvolver comunicação assertiva no trabalho requer cuidado extra, pois é preciso mudar mentalidades que estão enraizadas há muito tempo.

A solução pode começar em pequenas ações, demonstrando que a sinceridade educada traz resultados melhores do que os velhos hábitos de cobrança ou silêncio. Se, por exemplo, um líder ou gerente começa a abrir espaço para que a equipe coloque dúvidas e ideias, e responde de forma construtiva, isso já gera um impacto significativo, incentivando todos a falarem mais abertamente. A mudança cultural pode ser lenta, mas cada passo vale a pena.

3.3 Falta de Prática e de Autoconhecimento

Saber se expressar com clareza não é algo que surge da noite para o dia. Muitas vezes, as pessoas querem ser assertivas, mas acabam se embolando na hora de falar, usando termos confusos ou demonstrando emoção exagerada. Nesse momento, é essencial praticar, seja em situações do dia a dia, seja em conversas simuladas. É como um músculo que se fortalece conforme você o exercita.

O autoconhecimento também ajuda. Quando se sabe quais gatilhos emocionais nos desestabilizam, fica mais fácil planejar um jeito de abordar assuntos delicados sem perder o controle. Por exemplo, se você percebe que tende a ficar nervoso quando contrariado, pode se preparar para falar de forma mais calma, talvez escrevendo primeiro os pontos principais que quer abordar. Assim, evita que a conversa descambe para acusações ou ofensas.


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4. TÉCNICAS PRÁTICAS PARA DESENVOLVER COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

4.1 Uso da Linguagem Direta, Mas Respeitosa

É comum ver pessoas tentando suavizar demais o que dizem, usando “talvez”, “acho que”, “se você puder”, mesmo quando a situação demanda firmeza. Por outro lado, há quem seja extremamente seco e reto, soando ríspido. A comunicação assertiva propõe que se escolha palavras claras, porém polidas. Em vez de “Você sempre faz tudo errado e me atrasa!”, prefira algo como: “Percebi que nos últimos dois relatórios houve atraso, o que me dificulta cumprir o prazo final. Podemos alinhar como evitar isso daqui para frente?”

Nessa frase, há identificação do problema (atrasos), o impacto dele (dificulta cumprir prazo) e a busca de solução conjunta (alinhamento). Não há ataque pessoal, e sim foco em fatos e responsabilidade compartilhada. Esse tipo de formulação gera mais abertura no outro, que entende que o objetivo é resolver, não culpar.

4.2 Feedback Construtivo

Dar e receber feedback é o desafio número um da comunicação no trabalho. A dica de ouro é sempre separar a pessoa do comportamento. Em vez de dizer “Você é bagunceiro e irresponsável”, diga “Notei que sua mesa anda bagunçada e não encontro facilmente os papéis de que preciso quando te procuro. Será que conseguimos organizar de outro jeito?” Repare que, assim, não se está rotulando o colega como bagunceiro, apenas pontuando o fato da desorganização e sugerindo um ajuste.

Também é bom lembrar que feedback não deve ser só crítico. Se você tem algo positivo a dizer, fale! Reconhecer boas atitudes reforça o moral e aproxima as pessoas. Ao elogiar, porém, seja específico: “Parabéns pelo relatório detalhado, foi essencial para o andamento do projeto.” Essa clareza mostra que não se trata de bajulação, mas de valorização genuína do esforço e resultado obtidos.

4.3 Técnica do “Eu” em Vez do “Você”

Outra estratégia eficaz é mudar a forma como se começa a frase, para evitar uma impressão de ataque. Frases iniciadas com “Você faz isso… Você não colabora…” soam acusatórias e podem fazer o outro se defender antes mesmo de ouvir todo o contexto. Em vez disso, tente: “Eu me sinto pressionado quando a tarefa chega em cima da hora, pois parece que não tenho tempo de revisar tudo como gostaria.” Aqui, você fala da sua perspectiva, do seu sentimento, sem rotular ou culpar diretamente a pessoa.

Ao usar “eu”, você se responsabiliza pela sua reação à situação, o que demonstra maturidade emocional. Isso não significa deixar de expor problemas, mas sim mostrá-los de uma perspectiva pessoal. Ao mesmo tempo, dá abertura para a outra pessoa explicar seu lado, sem já se sentir colocada contra a parede. Muitas vezes, esse simples ajuste muda drasticamente a qualidade da conversa.

4.4 Aprendendo a Dizer “Não” com Elegância

Para muitos, um dos maiores desafios no trabalho é recusar pedidos que não se encaixam na rotina ou que comprometem outras atividades. Dizer “não” não é sinônimo de ser grosseiro ou inflexível, mas sim de proteger o próprio tempo e prioridades. Por exemplo, se um colega pede ajuda em algo que vai drenar suas energias num momento crucial, pode dizer: “Eu entendo que esse projeto é importante, mas no momento estou com um prazo apertado em outra demanda. Será que podemos ver uma forma de realocar alguém ou adiar para mais tarde?”

Note que o “não” não é seco, ele vem acompanhado de uma justificativa e, se possível, de uma sugestão de encaminhamento. A pessoa sente que não foi descartada, mas entende que as limitações existem. Isso evita muitos problemas de sobrecarga e retrabalho, pois deixa claras as prioridades e o que efetivamente pode ser feito.


5. COMUNICANDO-SE COM DIFERENTES PERFIS E SITUAÇÕES

5.1 Relacionamento com Chefias e Pessoas em Cargo de Liderança

Falar assertivamente com alguém hierarquicamente superior pode intimidar. É comum a sensação de “Se eu falar a verdade, posso perder espaço ou ter problemas.” Entretanto, líderes de qualidade costumam apreciar feedback sincero, desde que seja baseado em fatos e falado de maneira respeitosa. Se um chefe dá uma instrução confusa, não há nada de errado em questionar: “Você pode me explicar melhor a sua expectativa sobre esse relatório? Quero garantir que estou no caminho certo.”

Também é possível colocar necessidades pessoais de forma clara: “Eu entendi a urgência do projeto, mas estou cuidando de mais duas tarefas que foram priorizadas antes. Posso finalizar essas demandas e depois me dedicar integralmente a essa nova, para manter a qualidade?” Esse tipo de abordagem demonstra profissionalismo e organização, em vez de subserviência ou passividade, e tende a ser bem-visto pela liderança.

5.2 Relacionamento com Colegas de Equipe

No dia a dia, é com os colegas que se convive mais. Por isso, desenvolver comunicação assertiva no trabalho com eles é essencial para manter um clima harmônico. As rotinas de cada setor podem trazer pontos de atrito, como prazos diferentes, compartilhamento de espaço ou até divergências sobre decisões de projeto. Sempre que houver desentendimento, vale lembrar das técnicas já citadas: fale dos fatos, use “eu” para expressar sentimentos, proponha soluções.

Também é importante entender o estilo de comunicação de cada um. Há pessoas mais objetivas, que preferem conversas rápidas e diretas, e outras que precisam de mais tempo para se sentir confortáveis em discutir algo. Perceber essas diferenças e adaptar sua forma de falar a elas sem perder a essência da assertividade faz toda a diferença para manter boas relações.

5.3 Lidar com Clientes, Fornecedores e Outros Públicos Externos

Quando se trata de pessoas de fora da empresa — clientes ou fornecedores, por exemplo —, a comunicação assertiva pode ser um diferencial competitivo. Clientes gostam de ser ouvidos e de receber explicações claras. Não há nada pior do que um discurso enigmático ou vago que gera insegurança sobre o que está sendo oferecido. Ser direto e, ao mesmo tempo, cortês, cria confiança.

Caso surjam problemas, como atrasos na entrega ou especificações diferentes do acordado, a forma de comunicar o imprevisto ao cliente define se o relacionamento ficará abalado ou não. Dizer: “Tivemos um contratempo e não vamos conseguir entregar no dia planejado” pode vir acompanhado de: “Segue nosso plano para corrigir isso. Vamos precisar de mais dois dias. Entendo que isso possa afetar seu cronograma e peço desculpas pelo transtorno.” Esse tom humano e transparente mantém a credibilidade, pois o cliente sente que está sendo tratado com respeito.


6. COMUNICAÇÃO ASSERTIVA EM SITUAÇÕES DE CONFLITO

6.1 Mantendo a Calma em Meio à Tensão

Conflitos podem surgir por divergências de opinião ou por situações em que alguém se sente injustiçado. Para não cair na armadilha dos gritos e acusações, a primeira dica é respirar fundo antes de falar. Pode parecer clichê, mas esse momento de pausa evita que as emoções dominem totalmente a conversa. Tente começar a fala reconhecendo o que é válido na posição do outro, e depois apresente seu ponto.

Por exemplo: “Eu entendo que você tenha ficado frustrado com o feedback, mas quero explicar meu ponto de vista sobre por que fiz essas observações.” Aqui, a pessoa reconhece o sentimento alheio e, em seguida, coloca sua perspectiva. Essa abordagem reduz a chance de o outro ficar na defensiva, facilitando o diálogo.

6.2 Buscar a Raiz do Problema

Às vezes, o conflito aparente é só a ponta do iceberg. Pode ser que alguém se irrite com comentários durante uma reunião, mas o problema real é algo que vem se acumulando há semanas. A comunicação assertiva ajuda a chegar ao ponto-chave, pois estimula perguntas e sinceridade. Pergunte: “Pode me explicar melhor o que está incomodando?” e ouça realmente. A vontade de entender a raiz do conflito demonstra boa-fé.

Se cada lado expõe o que está ocorrendo de verdade, fica mais simples propor acordos. Um colega pode dizer: “Eu me sinto sobrecarregado, então fico irritado quando você passa tarefas extras.” A resposta pode ser: “Não sabia que sua carga estava tão alta. Vamos redistribuir algumas atividades ou renegociar nossos prazos?” Assim, a briga dá lugar à colaboração.

6.3 Quando Não Se Chega a um Consenso

Pode ocorrer de, mesmo com toda a assertividade, as partes não concordarem. Nesse caso, a solução é buscar um meio-termo ou envolver alguém externo (um gestor ou mediador) para ajudar. O importante é que, ao falar de forma assertiva, não se criam feridas profundas ou mágoas pessoais. Mesmo que não haja consenso imediato, o respeito fica preservado. E com respeito preservado, é mais provável que, mais adiante, surjam novas oportunidades de resolver a questão.


7. CONSTRUINDO UMA CULTURA DE COMUNICAÇÃO ASSERTIVA NO TRABALHO

7.1 Liderança Exemplificando

Os líderes têm um papel fundamental em modelar o comportamento da equipe. Se um gestor costuma falar de forma agressiva ou passiva, dificilmente a comunicação assertiva florescerá. Mas se ele ou ela adota esse estilo ao lidar com problemas e ao dar feedback, a equipe percebe, aprende e replica. São comportamentos que vão desde pequenos elogios até a maneira de conduzir conversas difíceis de desempenho.

Além de falar assertivamente, o líder deve demonstrar disposição para ouvir. Permitir que as pessoas coloquem suas ideias sem medo é um passo gigante para criar uma cultura de respeito e liberdade de expressão. Inclusive, pode-se instituir momentos específicos no calendário, como “rodas de conversa” ou “espaços de feedback”, incentivando o pessoal a se manifestar.

7.2 Treinamentos e Workshops

Outra forma de consolidar essa habilidade é oferecer treinamentos que foquem em simulações de situações reais. Em dinâmicas de grupo, cada pessoa assume um papel, como o de um funcionário que precisa reclamar de algo, ou de um gestor que escuta e responde. Assim, todos aprendem, na prática, como se comportar sem cair em agressividade ou omissão.

Nesses workshops, também se ensinam técnicas de escuta ativa, de formulação de frases respeitosas e de controle emocional. Quando a empresa investe em capacitação, mostra que valoriza a forma como as pessoas se relacionam, o que, por si só, já eleva o moral de todos. Com o tempo, a melhora se torna perceptível no dia a dia: os debates ficam mais francos e, ainda assim, cordiais.

7.3 Sistema de Reconhecimento

Por fim, reconhecer quem pratica a comunicação assertiva reforça esse comportamento. Se alguém resolveu uma situação complexa de modo exemplar, pode ser destacado em uma reunião ou em um boletim interno, mostrando que esse é o caminho valorizado pela organização. Esse tipo de reconhecimento cria um círculo virtuoso, pois outros colegas se sentem motivados a seguir o mesmo padrão.

Ainda mais significativo é quando esse reconhecimento acontece publicamente e de maneira genuína, sem bajulações. “Gostaria de parabenizar Fulano porque, na semana passada, conversou com a equipe de logística de maneira firme e respeitosa, o que resolveu um problema de entregas sem gerar atritos.” Esse tipo de reconhecimento deixa claro que a empresa não apenas fala de comunicação assertiva, mas a pratica e a elogia.


8. RECAPITULANDO E AVANÇANDO: O PASSO A PASSO PARA UMA COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

  1. Entenda o conceito: ser assertivo é dizer o que precisa ser dito, de forma clara e sem ofensas. Nem agressivo, nem passivo.
  2. Reconheça a importância: desenvolver comunicação assertiva no trabalho melhora o clima, reduz conflitos e aumenta a produtividade.
  3. Supere barreiras internas: trabalhe o medo de parecer duro demais ou de desagradar. Lembre-se de que existem maneiras de falar sem ferir.
  4. Use técnicas específicas: linguagem direta e respeitosa, feedback construtivo, “eu” em vez de “você”, e a arte de dizer “não” quando necessário.
  5. Aplique em diferentes contextos: chefia, colegas, clientes e fornecedores. Cada situação pode ter nuances, mas a essência permanece.
  6. Administre conflitos: mantenha a calma, investigue as causas reais e busque soluções sem alimentar mágoas.
  7. Crie uma cultura organizacional: líderes que dão o exemplo, treinamentos para a equipe e reconhecimento de quem pratica a assertividade.

Com esse roteiro, fica claro como a comunicação assertiva não é um simples ideal distante. Pelo contrário, trata-se de algo que pode começar a ser aplicado imediatamente, em cada e-mail, cada reunião ou cada troca de mensagens. A disposição para se expressar de forma sincera e educada faz toda a diferença na vida profissional e, de quebra, ainda traz benefícios para as relações pessoais fora do trabalho.


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UM FUTURO MAIS CLARO PARA SUAS CONVERSAS E SEUS RESULTADOS

Desenvolver comunicação assertiva no trabalho é a chave para um ambiente onde as pessoas entendam melhor umas às outras, onde as críticas viram soluções e onde cada um se sente à vontade para manifestar ideias. É fundamental perceber que, ao longo desse processo, você não precisa mudar sua personalidade, mas sim ajustar a forma de transmitir mensagens, ganhando confiança e transmitindo respeito ao mesmo tempo.

Esse investimento de tempo e energia em aprender a falar e ouvir de maneira equilibrada pode ser o diferencial que estava faltando para o seu crescimento profissional. Quando as pessoas percebem que você tem coragem de apontar problemas, mas faz isso de modo construtivo, você se torna uma referência dentro e fora da equipe. Além disso, o desgaste emocional diminui, pois as situações são resolvidas antes de gerarem grande impacto negativo.

Ao praticar as técnicas mencionadas — como dar feedback usando exemplos específicos, trocar o “você faz isso” por “eu sinto aquilo”, e aprender a negar pedidos sem culpa — você estará construindo uma reputação de pessoa confiável, madura e cooperativa. Afinal, não importa o cargo que se ocupe, todo profissional que domina a arte da comunicação dá um passo além na carreira e no respeito que conquista dos outros.

Então, se você busca evoluir nesse ponto, comece agora mesmo a observar como fala e como reage às falas dos outros. Experimente formular frases com calma, preparar-se para reuniões com antecedência, pensar em como expor opiniões difíceis sem gerar confrontos ou submissões. Em pouco tempo, notará que colegas e chefias reagem de forma mais positiva, pois se sentem seguros ao conversar com você. E, dessa forma, a comunicação assertiva deixará de ser apenas uma teoria e se tornará parte do seu dia a dia, viabilizando relacionamentos saudáveis e resultados duradouros.

Todo o conteúdo do site é idealizado, produzido e constantemente atualizado por VP Lima, um economista com pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Com ampla formação em gestão e empreendedorismo, e atualmente estudante de Engenharia, VP Lima aplica sua expertise para enriquecer cada publicação. As imagens dos posts são geradas por inteligência artificial, garantindo visual único e inovador.

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