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Por Que “Coringa: Delírio a Dois” Foi um Fracasso: Um Olhar Sobre o Orçamento e a Repercussão

Apresto, São Paulo

Atualizado em: 8 de outubro de 2024

Quando “Joker” (2019) foi lançado, seu sucesso foi imediato e surpreendente. Com um orçamento modesto de US$ 55 milhões, o filme arrecadou mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias e recebeu inúmeras indicações ao Oscar. Esse sucesso estabeleceu expectativas altíssimas para a sequência, “Coringa: Delírio a Dois” (Joker: Folie à Deux). No entanto, ao contrário de seu antecessor, a sequência não conseguiu replicar esse desempenho, sendo considerado um desastre de bilheteria e crítica. Neste artigo, vamos analisar os motivos que levaram ao fracasso de “Coringa: Delírio a Dois” e como o orçamento elevado e as escolhas criativas contribuíram para seu desempenho decepcionante.

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1. Um Orçamento Excessivo e Desproporcional

Um dos principais fatores que contribuíram para o fracasso de “Coringa: Delírio a Dois” foi seu orçamento excessivo. Com um custo estimado de cerca de US$ 200 milhões, quase quatro vezes o valor do filme original, o filme precisava de um desempenho excepcional nas bilheterias para se pagar. Para se ter uma ideia, o primeiro “Joker” foi um filme de risco calculado, onde cada dólar foi bem aproveitado para contar uma história íntima e impactante. Já “Folie à Deux” tentou expandir esse universo, mas perdeu o foco e o controle dos custos, principalmente com elementos como as sequências musicais e a inclusão de Lady Gaga como Harley Quinn.

2. Uma Mudança de Tom Que Não Agradou

Outro fator decisivo foi a mudança de tom e de gênero. Enquanto o primeiro filme era um drama psicológico sombrio, “Coringa: Delírio a Dois” foi concebido como um musical psicológico, uma escolha que dividiu tanto críticos quanto o público. A inclusão de números musicais e a abordagem mais onírica não agradaram à maioria dos fãs, que esperavam algo mais próximo ao tom do filme original. Essa mudança alienou o público principal do primeiro filme e não conseguiu atrair novos espectadores, especialmente os que não têm interesse em musicais.

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3. Superexposição do Personagem e Fadiga de Filmes de Heróis

A superexposição do personagem também desempenhou um papel importante. Desde 2008, o Coringa apareceu em diversos filmes do universo DC, como “O Esquadrão Suicida” e “Birds of Prey”, além do próprio “Joker”. Essa saturação diminuiu o impacto do personagem, tornando-o menos atraente para o público que já estava cansado de vê-lo em tantas produções. Além disso, o gênero de filmes de super-heróis, em geral, está passando por um momento de “fadiga”. Mesmo produções de sucesso, como “Deadpool e Wolverine”, tiveram um desempenho menor do que o esperado, o que mostra que o público está cada vez mais exigente e seletivo em relação a esse tipo de filme.

4. Falha em Atingir o Público-Alvo

Um grande problema identificado foi que o filme não conseguiu agradar nenhum dos públicos-alvo. Para os fãs do primeiro filme, “Coringa: Delírio a Dois” não trouxe a mesma intensidade emocional e violência crua que tornou Arthur Fleck um personagem tão fascinante. Já para o público que esperava ver Lady Gaga brilhar em um papel similar ao de Harley Quinn, o filme entregou performances limitadas e cenas musicais que pareciam fora de lugar. O resultado foi um filme que acabou sendo para “ninguém”, como colocado por alguns críticos.

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5. Expectativas Não Correspondidas

Por fim, outro problema foi a expectativa exacerbada criada pela Warner Bros. e pelo diretor Todd Phillips. O sucesso inesperado do primeiro filme deu a Phillips liberdade para experimentar, mas isso acabou sendo contraproducente. Em vez de criar uma sequência que construísse sobre os pontos fortes do original, “Coringa: Delírio a Dois” tentou se distanciar de sua essência, oferecendo um produto que parecia mais um comentário social pretensioso do que um estudo de personagem.

O fracasso de “Coringa: Delírio a Dois” é um exemplo claro de como um orçamento exagerado, mudanças de tom inesperadas e expectativas mal geridas podem impactar o desempenho de um filme, mesmo quando este é uma sequência de um sucesso anterior. Se há uma lição para a indústria, é que entender o público e respeitar a essência de uma franquia são fatores cruciais para o sucesso contínuo.

Todo o conteúdo do site é idealizado, produzido e constantemente atualizado por VP Lima, um economista com pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Com ampla formação em gestão e empreendedorismo, e atualmente estudante de Engenharia, VP Lima aplica sua expertise para enriquecer cada publicação. As imagens dos posts são geradas por inteligência artificial, garantindo visual único e inovador.

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